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Desvendando o País das Maravilhas: A Origem ( Parte I )

Alice no País das Maravilhas é uma história que vem encantando crianças e adultos desde a sua primeira publicação em 1865.



A história conta as aventuras da menina Alice em que ao seguir um coelho branco, e cai em sua toca, e acaba indo para um mundo mágico, onde tudo é possível.

A primeira vez que a história foi contada, Charles Lutwidge Dodson, estava acompanhado por seu amigo Robinson Duckworth, e pelas três irmãs Liddell - Lorina, Alice e Edith -, fazendo um passei de barco no rio Tâmisa. Para que o passeio se tornasse mais interessante, as meninas pediram para que Sr.Dodson lhes contasse uma historia, e assim ele o fez.

Foi nessa hora que, no verão de 1862, o País das Maravilhas nasceu. Graças à vasta imaginação e da habilidade de improvisação de Dodson. Aliás, nem poderia ser de outra forma, uma vez que, toda vez em que ele tentava por um fim na história, as meninas lhe insistiam para que continuasse.

Alice Liddell gostou tanto da história - que foi dedicada a ela, a preferida de Dodson -, que pediu que ele lhe escrevesse um livro com a história contada naquela tarde. E assim foi feito.

Durante 7 meses, Dodson se dedicou a fazer o manuscrito com uma caligrafia perfeita e delicada, e mais 7 meses para criar as ilustrações e decorar o manuscrito com lindos arabescos florais. Foi dado como um presente de Natal para Alice, tendo uma ilustração da menina na última página e uma singela dedicatória: “ Um presente de Natal para uma criança querida em memória de um dia de verão ”. O manuscrito toma o nome original: Aventuras de Alice no Subterrâneo.

Mais tarde, quando o livro foi publicado, novos capítulos foram adicionados, o nome foi alterado para Alice no País das Maravilhas, e o artista John Tenniel ficou encarregado pelas ilustrações.

As diferenças entre o manuscrito e a versão definitiva será o assunto da minha próxima postagem, semana que vem. Espero que tenham gostado. Encerrarei esse post com o poema introdutório do livro Alice no País das Maravilhas, que conta como o conto foi criado naquele dia tão especial, 4 de julho de 1862. A Tarde Dourada.



Juntos na tarde dourada
Suavemente a deslizar
Nossos remos, sem destreza,
Dois bracinhos a manejar,
Pequeninas mãos que fingem
Nossa direção guiar.
As Três cruéis! nesta hora,
Sob este sonho de tempo,
Implorarem por histórias
Com o mínimo de alento!
Mas que pode a pobre voz
Contra três línguas sedentas?
Proclama Prima o edito
“Comece!”, diz sobranceira.
Mais gentil, Secunda espera:
“Que não contenha asneira!”
Tertia a cada minuto
Detém o conto, faceira.
E de repente o silêncio,
Com os passos da ilusão
Perseguem a criança-sonho
Pelas terras da invenção,
Falando a deres bizarros…
Uma verdade, outra não.
E assim que a história secava
As fontes da fantasia,
Em vão tentava o cansado
Desfazer o que tecia,
“Mais, só depois…” “É depois!”
Gritavam com alegria.
Forjou-se assim, lentamente,
O País das Maravilhas,
Está pronto, para a casa
Já foi virada a quilha
Pela alegre equipagem
Sob um sol que não brilha.
Com mão gentil, entre os sonhos,
Alice! Guarda este conto
Na memória da infância,
Sob seu místico manto,
Grinalda que um peregrino
Colheu em terras de encanto. 





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